Ainda na Romênia estávamos indecisos em qual roteiro seguir, a ideia sempre foi dirigir sentido leste até a divisa da Rússia com a Coréia. Já havíamos conversado com um agente do porto de Vladivostok, na Rússia, sobre o embarque do carro por lá então teríamos que seguir. A dúvida era se cruzaríamos da Romênia para a Turquia e ai passaríamos pelo Irã OU se subiríamos ao norte do leste Europeu para passar por San Petersburgo e Moscou, excluindo Turquia do nosso roteiro.
Depois de muita conversa decidimos optar pela segunda opção. Deixamos a linda e ensolarada Romênia para entrar na cinza Hungria e no mesmo dia cruzamos para a chuvosa Eslováquia. Nossa passagem pela Eslováquia foi mais rápida que gostaríamos, mas a chuva não deixou aproveitar a beleza do país. Por onde dirigimos vimos muito verde, montanhas e uma arquitetura graciosa. Acabamos chegando já bem noite na Polônia, estes países estão dentro da Schengen Area e por este motivo não tem fronteira para turistas.
Por sorte encontramos um lugar gostoso e tranquilo para dormir de graça, garoava e já estávamos bastante cansados. Esquentamos uma água para o chá, abrimos a barraca e caímos exaustos na barraca. Na manhã seguinte acordamos cedo e preparamos com calma o nosso café: iogurte com cereais e frutas, pão na chapa com manteiga e queijo quente e café de coador. Aproveitamos que já estávamos com a mão na massa e já engatilhamos o almoço. Preparamos um arroz carreteiro com parte da carne que o pai do Silviu nos presenteou na Romênia, ficou bem gostoso e foi excelente para mais tarde. É sempre assim, quando sabemos que é dia de estrada deixamos um almoço semi-pronto para quando a fome bater mais tarde já ter tudo pronto e prático.
Dirigimos nesse dia sentido Cracóvia e chegamos já tarde na cidade, mesmo assim tivemos tempo de conhecer a mina de Sal de Wieliczka. Logo quando chegamos na cidade, fomos direto fazer o tour nessas minas que durante a segunda guerra mundial, foram ocupadas pelos alemães que utilizaram para fábricas de produtos militares. Com o fim da guerra os poloneses iniciaram sua restauração e em seu interior encontram-se dezenas de esculturas, salões de eventos, ópera e o ponto alto foi a visita na igreja que levou mais de 30 anos para ser construída. Muito dos trabalhos originais foram feitos pelos próprios mineiros. É um lugar que impressiona pela sua beleza e dimensão. Vale muita a visita!
O tour dura três horas e tem que ser guiado. Foi bem interessante ver a história do lugar e toda a estrutura preparada para a turismo. Dali seguimos para um camping próximo, já é inicio de primavera e o dia começa a ficar mais longo com o sol se pondo lá pelas oito horas da noite. Na manhã seguinte preparamos um lanchinho e fomos conhecer o centro de Cracóvia. A cidade nos impressionou, muito linda e excelente para passar alguns dias.
Cracóvia é um labirinto de histórias… considerada a capital cultural da Polônia, a cidade é o principal testemunho das épocas de glória e tragédias do país. O centro histórico de Cracóvia, declarado Patrimônio da Humanidade é uma coleção de fortificações, praças medievais e prédios centenários. É lá que fica “Rynek Główny”, conhecida como a praça do mercado e considerada a maior praça medieval da Europa. Um lugar imperdível para um café.
De lá dirigimos para a capital: Varsóvia e este é o tema para o próximo post.
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