Nos despedimos de Singapura com a sensação de ter conhecido uma cidade do futuro e quase única no continente asiático. Pegamos um voo para Jakarta e depois outro para Bali. As cias aéreas por aqui oferecem ótimos preços e vale a pena aproveitar.
Com mochilas nas costas saímos do aeroporto para caminhar até o hotel que reservamos no mesmo dia e era apenas dois quilômetros do aeroporto – Anika Melati Hotel and Spa.
Foi ali que sentimos realmente o que é pisar na Ásia: pelo menos dez taxistas nos abordavam ao mesmo tempo e insistiam no preço. O mais engraçado é que você fala o lugar que vai e eles já mandam a tarifa: ‘ten dollars’, mas se você continua andando sem falar nada surge uma ‘promoção’ e o valor cai para ‘seven’. Aparentemente a liquidação vem alguns passos mais a frente e ali já garante a corrida por cinco doletas. Como a gente resolveu ir a pé mesmo eles desistiram, mas senti que rolaria por dois doláres. Bem-vindos a Ásia aqui você tem que barganhar em tudo!
No caminho para o hotel sentimos que o melhor mesmo seria explorar a ilha de Bali na motoca. Alugamos na recepção da nossa hospedaria uma scooter por $5 dólares/dia e essa é a melhor dica que poderíamos dar. O trânsito é intenso mas em nenhum momento vimos batida, briga ou qualquer pessoa levantando o dedo para a outra. O mais incrível da loucura do trânsito é que eles se entendem sem precisar buzinar e tudo com muita calma.
A ilha é fantástica e cheia de lindas praias e templos. Apesar de ter deixado o carro na Califórnia trouxemos o nosso super-amigo: o GPS. Sentimos novamente a liberdade que gostamos de decidir o nosso caminho e com a scooter saímos para nos perder pelas estradas e praias – foi ótimo. Total sem compromisso e muito bem aproveitado.
Almoçamos em Jimbaran, descansamos em Padang Padang, deitamos em Nusa Dua e amamos passar o fim de tarde em Masuka Beach. Esta última praia é fora do radar turístico e tem um ar de paraíso. O tradicional da ilha é conhecer a Monkey Forest em Ubud, o famoso café Kopi-Luwak e as terraças de arrozais.
Combinamos com a dona do hotel que ficaríamos no norte algumas noites e depois voltaríamos para buscar nossas malas e devolver a scooter. Mais uma vez a melhor escolha que fizemos. Ubud tem muito a se explorar e também um centrinho que é uma graça!
Mas Bali não é só praia é também de muita espiritualidade no ar. Sentimos uma energia maravilhosa durante todos os dias que estivemos por lá: pessoas com sorrisos largos, crianças sapecas loucas para praticar o inglês, oferendas e templos que impressionam. Ainda explorando a ilha, mais ao norte, nos perdemos e acabamos caindo em uma vilazinha onde todos se preparavam para uma procissão. Em minutos estávamos seguindo o fluxo da procissão e participando daquilo que seria mais uma linda memória de Bali.
Bali foi um dos lugares mais baratos da Ásia até agora e também foi um dos que mais gostamos. Talvez porque a vibe daquele povo é realmente forte e nos deixou mais encantados. Se tem um lugar que quero voltar? Para Bali já!
O que fazer: Alugue a scooter e vá explorar a ilha. Selecione algumas praias que você quer conhecer. Jantar em Jimbaram sob luz de velas pode ser inesquecível e não deixe de retribuir os sorrisos dos locais.
O que gostamos: O que mais nos encantou foi a vibe do lugar, as pessoas e os rituais hindus. Adoramos a ideia de saudar as pessoas com as mãos unidas frente ao peito, como um sinal de amém.
O que não gostamos: Infelizmente a sujeira da ilha tira um pouco do encanto.
DICA: Vai dirigir por Bali? Não esqueça de se manter sempre a esquerda. Aqui a mão é inglesa 😉
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