Mais uma vez não era o plano, mas quando estávamos em Tallin e vimos que havia um ferry de duas horas diretamente para Helsinque empacotamos tudo e colocamos o Brasileirinho para atravessar o mar da Finlândia. Foi uma correria danada, reservamos o ticket pela internet, colocamos tudo no Brasileirinho e saímos correndo para o porto de Tallin. Quando chegamos lá a atendente nos informou que havíamos comprado os tickets errados, compramos para carro pequeno e o nosso era considerado furgão. Tivemos que pagar o dobro… nessas horas o bolso dói… mas fazer o que!? Já estávamos lá… O ferry é ótimo e parece um daqueles cruzeiros do Caribe. A galera vai super arrumada e parece que essa é a maior diversão deles. Eles entram já pedindo um drink e pulam de bar em bar onde acontecem inúmeras atrações.
Antes de partir para Helsinki havíamos recebido uma mensagem da Vanessa, prima do Renan, e foi por isso que decidimos conhecer a Finlândia. Ela mora lá pouco mais de seis anos e nos convidou para ficarmos na casa dela. Como era sexta-feira fim de tarde, conseguimos encontrar um lugar tranquilo perto do apartamento dela para deixar o Brasileirinho. Na primeira noite jantamos ainda no apartamento e saímos para um show de jazz. O show foi muito bom, mas a melhor parte foram os amigos da Vanessa e do namorado dela, o Matias.
Claro que tudo foi regado a muita vodka e com isso a noite só ficou mais animada… especialmente quando descobrimos o que o amigo dela queria dizer quando ele se apresentava como: “Eu sou Tio Oncinha”.
A própria Vanessa dizia não entender, mas o tal amigo finlandês foi para o Brasil e voltou de lá se apresentando assim… depois disso ela passou a chamar o próprio de Tio Oncinha – e nós também. Lá pelas tantas sentados na mesa do bar o Renan perguntou: “Então você é o Tio Oncinha?!” e soltou um rugido. O cara ficou puuuto!! Faltou soltar um: “Quê isso companheiro?!” Dai caiu a minha ficha.. ele queria dizer: “Eu sou da Rocinha” e não “Eu sou Tio Oncinha”
Então eu falei: “aaaah você quer dizer que você é da Rocinha?!”
Ele: “Yeah man, that’s it! Rio de Janeiro! Oncinha!”
Caímos na gargalhada e explicamos a ele que não era bem isso que ele andava dizendo por aí… o cara continuou puto!
Hahahahah
Acontece que a forma como ele falava parecia muitos ONCINHA… E sei lá de onde consegui entender deve ter sido a vodka que me fez mais inteligente.
Bom, mas falando de Helsinki. Era fim de abril e chovia muito, tanto que ficamos bastante no apartamento curtindo ressaca e bebendo mais… para curar a ressaca fomos a uma sauna com os queridos Matias e Vanessa. A experiência foi incrível. A sauna é muito tradicional por aqui, frequentam jovens, idosos e até crianças. Funciona assim: você entra na sauna seca junto com outras pessoas, guenta até transpirar horrores e depois sai correndo para pular no rio com a água completamente gelada. De fato o negócio cura a ressaca… uma beleza!
Para finalizar o dia que já estava maravilhoso os amigos brasileiros da Vanessa apareceram no apartamento trazendo cerveja caseira e preparando uma deliciosa coxinha. Tem que como não amar?
Nos despedimos da Vanessa e do Matias, dois queridos que nos receberam muito bem, e fomos passear pela cidade antes de partir em direção a fronteira com a Rússia. Helsinque é bonita mas não é uma cidade imperdível. Tudo bem que o tempo não ajudou… imagino que na primavera deva ser incrível!
Prometemos voltar!
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