Era 8 de agosto de 2015 e o clima na capital francesa era de alto verão. Como a nossa intenção era visitar cidades grandes enquanto o Brasileirinho (nosso carro) não estava entre nós, seguimos de Paris para Londres – outro lugar que seria difícil arranjar camping.
Nos despedimos de Paris e dos nossos amados amigos Simone e Fabian, depois de ter passado dois dias deliciosos na cia deles e nos deliciar com banquetes e boa festa.
Como as passagens de trem entre Paris e Londres são caríssimas e os voos estavam com preços altos, decidimos ir de ônibus. O trajeto levaria 8 horas e achamos que um ônibus noturno seria ótimo para economizar uma noite de hospedagem. O Renan decidiu viajar de bermuda e camiseta, eu ainda estava com uma calça jeans e regata. Subimos no busão e logo imaginei que poderia esfriar durante a madrugada e antes de partir tiramos os nossos agasalhos da mala.
O busão até que era ok, com banheiro e uma poltrona razoável. Acontece que no meio da noite o motorista liga o ar-condicionado. Havia um relógio marcando o horário e a temperatura, e a gente conseguiu ver a desgraça acontecendo. A temperatura foi de 22 graus para 18 graus, colocamos nossos agasalhos e voltamos a dormir. Dali a pouco acordo com um frio desconfortável e o relógio marcava 16, começamos a nos mexer sem parar na poltrona e quando vimos já estavam 12 graus.
Todo mundo dentro do ônibus estava acordado em plena madrugada, alguns reclamaram – outros conversaram com o motorista mas nada mudou. Tinham uns garotos de camisa regata dentro do busão, eles reclamaram várias vezes mas a situação persistia.
A gente de vez em quando conseguia cochilar, mas logo o frio vinha infernizar. Quando uma hora parecia que havíamos engatado em um soninho de 15 minutos, o motora acordou geral falando no microfone bem alto que teríamos que descer para enfim passar pelo processo de imigração. Seria a saída da União Européia para entrar no Reino Unido. Foi um semi-alívio na mente, porque ninguém conseguia dormir e a nossa esperança era que lá fora estaria mais quente. MAS como todos sabem tudo na vida ainda pode piorar, não é mesmo? O vento que fazia na fronteira França/Reino Unido era de cortar os cabelos na máquina zero. Se antes estávamos batendo os queixos agora tremíamos feito vara verde.
Demoramos uma hora para fazer a saída da França e a entrada no Reino Unido. Dali o nosso ônibus entrou em um ferry e tivemos que descer novamente para ficar no salão do navio por mais uma hora ainda virando os olhos de frio e sono.
Pegamos o ônibus noturno porque queríamos dormir e assim a viagem passaria mais rápido. Mas no final, de cochilo em cochilo dormimos duas horas no máximo.
Resumindo? Chegamos putos e exaustos em Londres. Ventava demais e o céu estava nublado (novidade?). Isso até acabou afetando na nossa opinião sobre a capital inglesa e a gente escreveu sobre isso aqui.
A gente já contou aqui alguns perrengues que tivemos nessa viagem e este é mais um que entra para a lista!
O Renan esbravejou e prometeu que nunca mais andaria de ônibus na vida dele. Mas isso durou alguns dias porque de Londres seguimos para Amsterdã.
Adivinha como chegamos lá? Pois é, foi de busão, mas desta vez colocamos todas as nossas roupas de frio e viajamos de dia mesmo! Você pode ler sobre nossos dias em Amsterdã aqui.
Deixe-nos um comentário!
comentários